Certa manhã de inverno, uma formiguinha saiu para o seu trabalho diário. Já ia muito longe a procura de alimento, quando um floco de neve caiu e prendeu o seu pezinho. Aflita, vendo que não podia se livrar da neve, iria assim morrer de fome e frio, voltou-se para o sol e disse: - Ó sol, tu que és tão forte, derrete a neve que prende o meu pezinho! E o sol indiferente nas alturas, falou: - Mais forte do que eu, é o muro que me tapa. Olhando, então para o muro, a formiguinha pediu: - Ó muro, tu que és tão forte, que tapas o Sol que derrete a neve, desprende meu pezinho. E o muro que nada vê e muito pouco fala, respondeu apenas: - Mais forte do que eu, é o rato que me rói! Voltando-se então, para um ratinho que passava apressado, a formiguinha suplicou: - Ó rato, tu que és tão forte, que róis o muro que tapa o sol que derrete a neve, desprende meu pezinho. O rato se assustou ao ouvir uma formiga falante, e pulou no meio de uma moita de juncos, que disseram para a